segunda-feira, 7 de junho de 2010

Balde

Existe uma oportunidade, uma simples oportunidade – se você puder vê-la. Como enxergá-la? Esvaziando seu balde. Como? É fácil. Comece jogando fora tudo o que não é seu, e eu garanto que o balde vai ficar bem vazio. Porque nada nesse balde te pertence.

Em sua vida, te disseram coisas e você respondeu: “Tudo bem”. Cada vez que você concordava, algo era jogado nesse balde, de novo e de novo. Infelizmente, chegou a um ponto onde não há espaço para mais nada. Está cheio.

O que o balde contém? Partes de tudo o que está por aí neste mundo. Pessoas lutando em nome de Deus. Nações se dividindo. Seres humanos expressando raiva por seus semelhantes unicamente por suas opiniões. Criamos um mundo onde não ficamos no: “Tudo bem, nunca seremos capazes de descobrir Deus. Vamos somente senti-lo, respeitá-lo e rezar para ele”. Não. Não pode ser assim tão simples. “Vamos definir um gênero para Deus.” Você acha que Deus precisa de um gênero? “Vamos dar a Deus duas mãos.” Deus precisa de mãos? Esse poder, essa energia que está em todo lugar não vem de lugar algum e não vai para lugar nenhum. Um poder assim precisa de pernas? Pense nisso.

Talvez eu o tenha inspirado a esvaziar seu balde. Ou talvez tenha pelo menos dado a você a noção de quanto seu balde está cheio. Veja se consegue reconhecer que essas coisas não são suas. Você nunca as colocou lá. São vozes de pessoas que viveram antes de você que disseram como as coisas deveriam ser. E você respondeu: “Tudo bem”.

Não estou dizendo se isso é bom ou ruim. Estou dizendo que esse balde é seu. E, ao menos, deveria conter o que você colocou ali. Porque esta vida diz respeito a você. Esse presente da vida foi dado a você. Quando você aceita esse presente, ele te enche de uma alegria surpreendente. Ele traz uma clareza incomparável. E então sua vida fica repleta de gratidão, gratidão por estar vivo. Poderia pensar numa história melhor? Poderia pensar num final melhor para um dia? Poderia pensar num começo de dia melhor do que estar repleto de gratidão? Esse é o presente fundamental.

Prem Rawat

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