domingo, 26 de junho de 2011

Alegria sem limites



Quando eu era pequeno, tinha um cachorrinho chamado Tommy. Ele era tão bravo que mordia todo mundo, menos meu pai, Sri Maharaji. Quando Sri Maharaji sentava do lado de fora, se alguém se aproximasse dele, Tommy começava a latir. Todo mundo pregava peças nesse cachorro. Se a gente pusesse um espelho diante dele, ele começava a latir e poderia passar o dia inteiro latindo para si mesmo. Por quê? Ele não reconhecia sua própria cara. Se ele não podia se reconhecer, como poderia reconhecer os outros?
Fazemos a mesma coisa. Não reconhecemos nosso próprio rosto. Olhamos para todo mundo e perguntamos: “Quem é essa pessoa?” “Ele é negro.” “Ele é da Índia.” “Ele é da China.” Essa pessoa é exatamente como eu. Ela sente dor e alegria assim como eu. Sente fome e sede. Ela dorme; eu durmo. Quando chove, essa pessoa se molha tanto quanto eu. O mundo nos ensinou que somos diferentes. Quando a gente não vê a si mesmo, a gente vê as diferenças. No entanto, somos todos um.

Quanta alegria você é capaz de sentir? Depende de você. Depende do seu esforço. Se você tem sede e bebe apenas uma colherada de água, sua sede será saciada na mesma medida.
Preencha esta vida. Receba alegria. Todas as outras alegrias têm limitações, mas a alegria interior não tem limites. Estamos aqui para ter essa alegria, para nada mais —apenas essa alegria. A alegria exterior virá e irá embora, mas a alegria do coração é estável. Está dentro de você, está acontecendo, e ficará com você até a última respiração.
Prem Rawat                                                                                          www.wopg.org