quinta-feira, 10 de junho de 2010

Beija-Flor....

Recentemente um beija-flor fez um ninho diante do meu escritório e botou dois ovinhos. A mãe vinha e chocava os ovos. Eu cuidava para que nada viesse atrapalhar. Primeiro saiu um deles, pousou num galho e abriu as asas. Consegui fazer umas belas fotos. A mãe ficou num outro galho, olhando. Arranjamos um recipiente com mel para que ela tivesse alimento por perto, e ela achou bom.


Esse bebê precisava confiar totalmente. Ter medo ou achar que tudo bem eram as opções. Nenhuma lógica, nenhum raciocínio. Nada de "Ninguém com uma máquina fotográfica vai me fazer mal" nem de "Quem permitiu que eu vivesse até agora não vai me fazer mal algum." Não. Isso seria a paranóia e pânico totais, mas não. Cheguei com a máquina, o beija-flor olhou, preparou-se para voar e voou. Depois pousou num galho e lá ficou. Demorou um pouco para abrir as asas. Por fim chegou o dia de partir. Mesma coisa: medo ou confiança? Optou pela confiança.

Qual é sua opção na vida? Medo ou confiança? Pode usar a razão e encontrar o medo. Mas com o entendimento pode perceber que há muito mais beleza do que se imagina, muito mais clareza do que é possível captar com a razão. Pode perceber que esta vida é a dádiva mais doce que você tem, o presente mais precioso, concedido de graça. Um carro e uma casa podem ser substituídos, mas uma respiração não pode ser substituída. Tudo que tenho de fazer é aceitá-la.

As pessoas criam criam seus próprio roteiros: "Estou tão ocupado. Preciso fazer isso; preciso fazer aquilo." O que posso fazer? Aprender como apreciar. E minha apreciação começa com uma coisa: a respiração, a fim de aprender o quanto isso é precioso. Uma vida. É importante que você tenha clareza, determinação. Como nas férias, momento algum deve ser desperdiçado.


Prem Rawat

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