terça-feira, 27 de julho de 2010

Uma pequena história


Vou lhes contar uma pequena história sobre isso. Certa vez, quatro pessoas cegas caminhavam por uma estrada quando ouviram um elefante se aproximar. Na Índia, um sino é frequentemente amarrado ao elefante para que as pessoas possam saber que ele está passando. Logo escutaram o homem que conduzia o elefante dizer: “Por favor, saiam do caminho! Aí vem o elefante!”


As quatro pessoas pararam e disseram: “Por favor, somos cegos, e nunca vimos um elefante. Se importa de nos deixar tocá-lo?”

E o condutor disse: “Tudo bem. Podem tocar o elefante”. Então ele parou, e um dos cegos tocou a perna do elefante. Outro parou atrás dele e mexeu no rabo. O terceiro tocou a tromba. O quarto agarrou a orelha. É claro que o condutor estava muito curioso para saber quais seriam suas impressões, pois cada um havia tocado partes diferentes, como perna, rabo, tromba ou orelha.

Então o condutor disse a eles: “Por favor, vocês se importariam de me dizer, na opinião de cada um, o que é um elefante?” Aquele que tinha agarrado a orelha disse: “Ah, é muito fácil. É como uma folha de bananeira”. O que tinha tocado a perna respondeu: “Não, não, não. É como um galho de árvore”. O homem que havia tocado a tromba do elefante disse: “Ah, não – é como a grossa raiz de uma figueira”. O último disse: “É só um rabo com um pequeno topete na ponta – como o de uma vaca”.

Isso, claro, é só uma história. No entanto, quando se fala sobre a paz, não é diferente. Cada um enxerga sua própria necessidade e a associa com a paz. Mas essas necessidades mudam. Então o que acontecerá com a paz?

Portanto, gostaria de esclarecer o que quero dizer com paz. Vamos começar com o básico. A coisa fundamental é: você é um ser humano. Quando foi a última vez que você foi apresentado como ser humano?

Acho isso engraçado. Desempenho muitos papéis, e as pessoas me apresentam dizendo: “Esse é o Capitão Rawat”, ou “Esse é Prem Rawat, orador da paz”, e assim vai. Mas quem me apresenta como um ser humano? Existem muitas funções com as quais nos apresentamos uns aos outros: “Esse é o fulano de tal, faz isso e aquilo”. Tudo bem. Sem problema. Mas quem é apresentado como ser humano? Veja, uma vaca talvez não reconheça um jumento, mas definitivamente reconhece outra vaca. Um peixe talvez não reconheça um corvo, mas vai reconhecer outro peixe. Quem reconheceria você ou eu como um ser humano, a não ser outro ser humano?

Para enxergar um ser humano como um ser humano é necessário um olhar muito especial. É necessário os olhos da simplicidade. O olhar que vê você como você é, que reconhece sua dor. Não queremos que saibam da nossa dor. “Sim, sim. Somos todos perfeitos. Não temos problemas. Quer dizer, como poderíamos ter problemas?” Me perdoe, mas temos. Pode ser algo simples como seu gato não escutar você. Ou tão complicado quanto sua esposa te odiar, ou seus negócios estarem à beira da falência. É isso o que acontece neste mundo.


Então, quem precisa de paz? O ser humano precisa de paz. Quando acabam todos os papéis que representa e você depara com quem você é, esse ser humano precisa de paz. Você. Eu. A paz real. Não a paz imaginada.

Quando começa esse reconhecimento, então podemos começar seriamente a entender sobre a paz. É o dia em que você relaciona a paz como algo para você, não para outras pessoas. Quando eu era muito novo, as pessoas costumavam me dizer: “Esse mundo precisa de paz”. Eu falava para elas: “Vocês precisam de paz”. E muitas delas ficavam chocadas. “O quê?! Eu preciso de paz?” Sim.

A necessidade de paz não é somente social. É para encontrar a raiz de quem realmente somos. Se você compreende que a paz e a sede pela paz estão em seu interior, você deu o grande passo para a realização da paz em sua vida.

Não importa o que possa acontecer, o que quer que possa vir, a realidade é que sua necessidade de paz vai estar aí. A razão para a paz estará aí. E a forma para poder realizar essa paz também vai estar aí.

Prem Rawat

Leia mais http://www.palavrasdepaz.org.br/pdf/salamanca.pdf


Informações
http://www.wopg.org/
http://www.palavrasdepaz.org.br/

Publicado
http://palavrasdepaz.ning.com/
http://contatonewsdapaz.blogspot.com/

Palavras de Paz estará na Mostra FIESP de Responsabilidade Socioambiental

Palavras de Paz estará participando da III Mostra Sistema FIESP de Responsabilidade Socioambiental – com datas marcadas para os dias 24 a 26 de agosto de 2010, em São Paulo.



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Palavras de Paz é o primeiro programa semanal de TV a tratar exclusivamente da possibilidade da Paz interior. O enfoque humano diretamente endereçado a cada pessoa tem angariado uma boa receptividade da mídia em geral e dos telespectadores. O programa Palavras de Paz é visto pela televisão todas as semanas em mais de 60 países e traduzido para cerca de 80 idiomas.

Desde dezembro de 2003, o Canal de São Paulo e a TV Aberta apresentam o programa duas vezes e três vezes por semana, respectivamente.

Palavras de Paz foi criado por Prem Rawat, que desde criança desenvolve no mundo um trabalho contínuo pela paz. Ele tem transmitido sua mensagem em diversas universidades americanas e europeias, centros de cultura, centros de convenções e em incontáveis eventos em muitos lugares do planeta. No Centro de Conferências das Nações Unidas, em Bangcoc, Tailândia, ele disse: "A paz que procuramos já está no coração, só precisa ser sentida. Eu posso ajudar a entrar em contato com ela. Quando as pessoas estiverem em paz interiormente, o mundo ficará em paz”.

Em 2004, o programa Palavras de Paz foi laureado pela Associação dos Canais Comunitários do Estado de São Paulo (ACESP) e, em 2006, pela Associação Brasileira de Canais Comunitários (ABCCom) com o prêmio Audiovisual Cidadania. O mais importante é que o sucesso do programa continua e Palavras de Paz passou a ser exibido em diversas emissoras em mais de 100 cidades brasileiras, entre as quais estão Florianópolis, Rio de Janeiro, Vitória, Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre e Belém.

Todos os materiais ligados ao programa expressam uma Cultura da Paz Interior e são disponibilizados por voluntários que, aqui no Brasil, atuam por meio da Sociedade de Apoio ao Conhecimento e Paz Interior.



Informações – http://www.fiesp.com.br/socioambiental



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A sábia beleza

Um sábio indiano do século 15 costumava falar sobre como as árvores que crescem ao redor do sândalo começam a exalar o mesmo aroma do sândalo. Elas não são sândalo, mas, à medida que crescem, elas adquirem essa deliciosa fragrância.


Então, é possível que, se eu mantiver a companhia da coisa mais bela em minha vida, eu comece a adquirir suas características? Sim. Essa é a importância dessa analogia.

Se eu me mantiver na companhia da ignorância, vou adquirir as características da ignorância, mas, se eu estiver na companhia da clareza, vou começar a incorporar as qualidades da clareza. Se eu quiser ter o maravilhoso aroma do entendimento, preciso me manter na companhia do entendimento.

Se isso for possível mesmo que remotamente, quanta possibilidade se abre para mim em minha vida!

Kabir, outro sábio do século 15, dizia: “Somos como panos que são lavados com o sabão da clareza repetidas vezes até brilharem. Você precisa reluzir, brilhar, porque esse é o seu potencial”. Você não é madeira de sândalo, e não vai se tornar uma. Mas você pode adquirir um tanto do maravilhoso aroma do sândalo? Sim. Nisto reside sua esperança.

Eu recebo mensagens de pessoas ao redor do mundo. Muitas estão em situações difíceis. Algumas estão presas, algumas com pena de prisão perpétua. Minha mensagem chega até elas, e é uma dinâmica incrível, pois que esperanças elas podem ter? Mesmo nessa situação, onde a esperança é mínima, elas estão buscando por isso. Estão buscando alegria. Estão buscando clareza!

Nós nos ocupamos fazendo tantas coisas que consideramos importantes. Mas ouça o ser humano que você é. Qual é a sua verdadeira necessidade? Sua verdadeira necessidade é estar contente.

Nós passamos pela estrada da vida dizendo: “Eu preciso disso, preciso disso, preciso disso”. Uma parte disso é o que pensamos, e outra parte vem do que outras pessoas nos dizem:“É disso que você precisa, é disso que você precisa, é disso que você precisa”.

Tenho escutado pessoas elogiarem os donuts Krispy Kreme. Ouvi dizer que as padarias têm uma luz que se acende quando os donuts acabam de sair do forno, e que as pessoas diminuem o passo quando estão em frente à loja para o caso de a luz se acender. E, se isso acontece, não importa o que estejam fazendo, as pessoas param para pegar um donut e satisfazer o desejo de algo delicioso.

É tentador. Às vezes o pensamento me vem:“Humm, talvez eu devesse provar um donut Krispy Kreme”. Então, percebo: “Eu não quero”. Faz diferença? Não.

Mas nesta jornada da vida tudo faz diferença: o que é meu e o que não é meu; o que eu sei e no que eu acredito; minha sede e a sede que me foi imposta. Esse é um grande tema. O jeito como falamos, o que pensamos, o modo como imaginamos as coisas são influenciados diretamente pela sociedade ao nosso redor, não por nós.

Qual é nossa verdadeira sede? Quem é você? Você é só um fantoche, feito do papel-machê dos conceitos – uma camada de papel sobre a outra e sobre a outra? Ou você é algo mais do que isso? Reze para que a resposta seja “Sim”, porque se a resposta for “Não” estamos em apuros.

A boa notícia é que cada um de nós possui uma sede. Cada um tem um anseio pela plenitude, por estar em paz. Você pode não perceber, mas lá no fundo você sabe disso.

Mantenha a companhia certa, e você irá absorver suas características. Mantenha a companhia da luz, e você começará a brilhar. Essa é a transformação de um ser humano tornando-se um verdadeiro “ser”. Simples, consciente da existência.

Existe uma beleza dentro de você com a qual pode estar em contato por toda a vida. Que é imutável. Eterna. Bela. Simples. Não existem muitas coisas assim neste mundo. Se você quer estar em companhia dela, eu posso ajudar.

Prem Rawat

Leia mais http://www.palavrasdepaz.org.br/pdf/salamanca.pdf

Informações
http://www.wopg.org/
http://www.palavrasdepaz.org.br/

Publicado
http://palavrasdepaz.ning.com/
http://contatonewsdapaz.blogspot.com/