segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Alegria e Gratidão

Prem Rawat diz que mesmo quando perdemos de vista a noção de contentamento em nossa vida, nosso coração nos relembra que necessitamos estar preenchidos. Ao reconhecer o valor daquilo que nos foi dado, diz ele, nosso coração fica preenchido com alegria e gratidão.


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Alegria e Gratidão


A verdade é que você está vivo; eu estou vivo. Neste mundo há muitos problemas e as pessoas se prendem à eles: “Isto deveria acontecer comigo” ou “Aquilo deveria acontecer comigo.” Tenho visto e experimentado isso, no entanto, se você tiver paciência, tudo isso vai passar.

A vida tenta nos ensinar e nós necessitamos aprender, entender. Mais e mais vezes, não importa o que aconteça, a pergunta é: Qual é a coisa mais importante para você? O que você quer realizar nesta vida? Você quer alegria? Você quer a paz em seu coração?

Preste atenção, pois é isto que a vida está tentando nos ensinar. E quando quer que nossa atenção é conduzida para longe disso, sofremos. Peregrinamos aqui e ali, tentando nos livrar dessa dor, e então fica óbvio que o que queremos em nossa vida é a verdadeira felicidade.

A pessoas fazem tantas coisas diferentes para encontrá-la. Recentemente, eu pensei enquanto lia o jornal que “as estórias não mudam, somente os nomes.” E é sempre a mesma coisa, mais e mais vezes. Alguém fez isso, alguém fez aquilo. "Eu não fiz isso'eu não fiz aquilo". E continuamos sempre pensando na mesma coisa: em tudo aquilo que temos que fazer e o que não temos que fazer. E neste contexto, esquecemos de expressar nossa gratidão pelo presente desta vida, deste corpo humano.

Quem mais além do ser humano pode expressar essa gratidão? Talvez os animais e insetos o façam à sua maneira; não sei se o fazem ou não, mas sei que os seres humanos podem fazê-lo. E é tão importante que possamos do coração expressar gratidão por tudo que nos foi dado.

Verdadeiramente, somente aquele que já sentiu pode fazê-lo. Então, experimento o que lhe foi dado e não avalia sua vida por aquilo que falta, mas por aquilo que lhe foi dado. Se avaliarmos nossas vidas com o coração, sentiremos que nos foi dado tanta coisa que nem é possível agarrar tudo. Não há bagagem suficiente que caiba o que nos é dado. E continuamos a receber a cada dia, a cada hora.

Uma respiração, somente uma respiração que vem e vai - qual é o valor dela? Não tem preço. Não existe quantidade de dinheiro suficiente, ouro ou diamantes neste mundo que se equivalem ao valor de uma única respiração. As pessoas tem conquistado tantas coisas, foram até mesmo à lua, mas quem pode trazer de volta uma respiração? Ninguém.

Sem fazer nada em troca nos foi dado esse presente. O Criado não disse: "Você é um pecador. Você fez isso ou aquilo". Seja na alegria ou na tristeza, o Criador continua dando o presente da vida igualmente a todos. Mas o que acontece se aquele que tem sede para de beber água? Como essa sede será saciada? É por isso que essa sede está aí, para nos lembrar e toda nossa atenção vai nesse sentimento, para que não nos esqueçamos. .


Em sua vida, não coloque a alegria de lado, pois se você a perder, o que mais restará? Podemos desperdiçar nossa respiração com preocupações ou podemos aceitar alegria em nossa vida. Aqueles que entenderem isso estarão preenchendo suas vidas.

Prem Rawat
www.palavrasdepaz.org.br • http://www.wopg.org/

Aquarelas de Sonia Madruga

Trata-se da vida / What Life's About

Como seres humanos vivendo na face da Terra, temos muitas coisas boas.
Mas há certas coisas, certos hábitos que temos, que não são tão bons.
Um desses maus hábitos – um desses maus hábitos é que somos atraídos pelas distrações.

Como o nome indica, distração, seria de imaginar que não seríamos atraídos por ela.
Mas somos. Adoramos isso. Uma distração mínima em algum lugar, e é para lá que vai a nossa atenção. E nesta vida isso é um mau hábito. Por que é um mau hábito?
Porque rouba de você as coisas essenciais de que você precisa para fazer desta vida uma bela ocasião. Essa é a possibilidade. É o que você pode fazer. Fazer desta existência uma incrível ocasião.

O que acontece na vida de uma pessoa? Observe a vida de alguém. Mesmo que estejam vivendo uma vida excitante, emocionante. Excitação. Bungee jumping. Não, não. Isso é o que as pessoas acham que é excitante. Na verdade, isso é desafiar a morte: “Me enfrente”. É isso que elas fazem, e acham que é excitante. Escalar uma rocha – uma rocha vertical, sem nenhuma corda de segurança, só os dedos. E talco. “Me enfrente”.

E a morte só não os enfrenta porque não consegue parar de rir. Ela chora de tanto rir. Quase a ponto de perder o fôlego. E então, quando ela se recupera, pronto, é o fim. E eles se encontram – não perto da natureza, mas dentro dela. Seus corpos apodrecem e se tornam pó outra vez.

Do que se trata tudo isso? De excitação? Ou de sentir? Sentir esse coração cheio de alegria?

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What Life's About

As human beings living on the face of this earth, there is a lot that is good. But there are certain things, certain habits we have that are not so good. One of the bad habits – just one of the bad habits is that we are so attracted to distractions.

As the name implies, distraction, one would think that you wouldn’t be attracted to it. But we are. We love it. Any minor little distraction, anywhere, and that’s where our attention goes. And in this life, that’s a bad habit.

Why is it a bad habit? Because it robs you of the essential things that you need in this life to make this a beautiful occasion.

This is the possibility. This is what you can do. You can make one lifetime the most incredible time.

What happens in a person’s life? Look at anyone's life. Even if they are living a most exciting life – exciting. Excitement. Bungee jumping. No, no. You have to understand – this is what people think is exciting. To actually challenge death. "Take me on." They do. They think that’s excitement. Climbing a rock – a vertical rock without any safety lines – just their fingertips. And powder. "Take me on."

And the only reason death does not take them on is because death is laughing so hard. Just, tears running down the face. Almost to the point of hypoxia – I mean just amazing. And then death sobers up. And just like that, they are gone. They find themselves – not close to nature, but in it. As their body rots, and becomes dirt again.

So what is it about? Is it about the excitement? Or is it about feeling. About feeling this heart full of joy.

Prem Rawat

http://www.wopg.org/ http://www.palavrasdepaz.org.br/

http://www.innerlink.tv/2008/09/index.html