quarta-feira, 4 de agosto de 2010

O exemplo da vaca

Às vezes cito esse exemplo. Imagine uma vaca – preta com manchas brancas, simpática, pequena. Ela tem problemas? Sim. Ela está ali, mas só existe no mundo de brincadeira. Essa vaca pode dar leite? Sim, mas você precisa acreditar nisso; não pode bebê-lo. No faz de conta ela até muge, pisca, tem cílios enormes. É uma vaca linda, que dá muito leite, mas nada que você possa misturar no seu chá. Esse leite faz um monte de manteiga para torradas, enquanto sua crença estiver aí. Mas uma vaca imaginária não tem nenhuma utilidade para mim ou para você. Ela não pode dar leite de beber.
Se esse é o único lugar onde você vai viver até o fim, qual o propósito de tudo? Você é tão afortunado por estar vivo. Essa é maior de todas as bênçãos. Quem vive no faz de conta não percebe isso. Ficam imaginando torradas, para pegarem a manteiga de mentirinha da vaca de brincadeira que deu o suposto leite. Eles sonham com o céu quando já estão no céu: “Tenho que trabalhar muito duro. Devo fazer isso, preciso sacrificar isso, então quando eu morrer vou para o céu”. Sabe qual é o grande problema com esse céu? É necessário morrer.

A beleza desse outro céu é: não precisa morrer. Tudo o que você precisa fazer é abrir seus olhos. Parar de sonhar, começar a olhar, e você vai ver que céu é esse. Você não tem que acreditar. A verdade e a alegria estão dentro de você. A bondade inerente está sempre presente. Todos os dias. Explore o seu presente. Trata-se de descobrir, de sentir. Você deveria realmente levar em consideração aquele ingresso. Ele vai dar acesso ao fantástico espetáculo dos espetáculos. Dentro de você.

Prem Rawat

Aquarela de Sonia Madruga

Informações
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Publicado
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