quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Uma Paz

Existem duas perguntas que costumo ouvir das pessoas. “Por que estou aqui neste mundo?” e “Quem sou eu?” Duas perguntas muito fascinantes. A mais importante é “Quem sou eu?” Se puder entender isso, posso também entender porque estou aqui.

O mundo constantemente nos põe rótulos, tais como: “Você é isso e aquilo”. Começou na escola com o professor fazendo a chamada da presença. É isso o que sou? Um nome? Ou sou o que faço? Sou medico ou advogado ou capitão? Alguém que se formou nessa ou naquela escola?

De um lado, tenho um corpo com sangue, células, nervos, cérebro, olhos – todos isso. Mas também claramente dentro de mim há algo que me permite viver. O sentimento que isso traz é não apenas o sentimento de estar vivo, mas também o sentimento de estar em paz. Traz sentimento de alegria, de tranqüilidade. Há algo que permanece intocado por tudo o que acontece ao meu redor. Eu sou afetado pelos bons e maus dias; mas a coisa que me mantém vivo é distinta de tudo isso. Isso é quem eu sou. Não sou somente meu corpo, não sou apenas minhas realizações. Sou mais. Tudo isso junto é que eu sou.

Voltamos ao o que é importante. Há algo a ser, preenchido, realizado na vida. Bem ou mal acontecerá. Não é esse o ponto. Quando está chovendo lá fora e você abre o guarda-chuva, o objetivo do guarda-chuva não é fazer com que as nuvens se vão. Tudo o que o guarda-chuva consegue é fazer com que você se molhe o menos possível. Seus pés podem se molhar, mas ao menos a cabeça ficará seca. Isso é que é o que pode ser realizado.

Muita gente acha que o preenchimento mudará o mundo todo para elas. Não fará isso. O que fará é mostrar às pessoas sua verdadeira casa. A realidade é que a paz está dentro de mim independentemente de eu ser mendigo ou rei. Isso não importa para a paz. Vemos uma grande diferença entre os dois – um mendigo e um rei. Mas pense nisso: Com quê um mendigo sonha? Em ser rei. E com o quê sonha um rei? “Desejo que minha vida fosse simples como a de um mendigo.”

Tão diferentes, mas tão parecidos. Ambos estão buscando a paz. O mendigo pensa, “Se eu fosse rei, teria paz.” E o rei diz, “Se eu fosse mendigo, teria paz.” Essas diferenças fomos nós que criamos.

Há uma semelhança que todos compartilhamos: A paz está dentro de todos nós. Se quisermos, podemos experimentá-la.

Prem Rawat



http://www.wopg.org/ http://www.palavrasdepaz.org.br/



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