É um dia especial na prisão de segurança máxima de Zonderwater. Quando os voluntários do Programa de Educação para Paz (PEP) voluntários chegam ao portão, o segurança diz que eles provavelmente não terão alunos hoje. Por que não? Porque o Moroka Swallows, um dos principais times de futebol da África do Sul está fazendo uma visita, e os presos estão assistindo o jogo no campo.
Então você pode imaginar a surpresa dos voluntários quando chegaram para a aula e encontraram quase todos os alunos PEP esperando ansiosamente a sessão começar.
Algo notável está acontecendo na pequena cidade de Cullinan, perto de Pretória, África do Sul. Reclusos da prisão Zonderwater transformaram suas vidas e estão ajudando outros detentos a transformarem as deles.
Nos últimos quatro anos, uma equipe de voluntários tem vindo apresentar o PEP para grupos de internos. Alguns estão cumprindo longas sentenças e outros, sentenças mais curtas. Um total de 550 detentos completaram os cursos do PEP.
Muziwenduda, que acaba de concluir o curso mais recente, diz: "Eu sou grato pelas lições aprendidas de Prem Rawat. Eu agora tenho que parar de pensar que posso encontrar a paz em conferências, organismos mundiais, governos, mas devo olhar profundamente dentro de mim todos os dias para encontrá-la. Tudo que eu preciso fazer agora é ficar na 'Fonte da Paz’ e experimentar a beleza da realização."
Jabu, outro recém-formado, diz: "Quando Prem Rawat estava falando sobre perdão, contentamento e paciência, eu me senti muito desafiado. Eu costumava ser impaciente, implacável e insatisfeito com a minha vida - nem mesmo era capaz de dizer obrigado para o sopro da vida. As mensagens de Prem Rawat mudaram a minha vida. Eu me sinto bem e pleno, a vida é agora apreciada e agradável para mim ".
Vários dos graduados de cursos anteriores estão agora ajudando a executar as sessões. Atualmente cinco deles trabalham em conjunto para buscar as TVs nos armários trancados, colocando-as na sala de reuniões, fornecem listas de quem pretende participar de cada curso, e mantêm o controle dos participantes. Eles também se certificam de que os participantes possam sair de suas celas trancadas para a sala de reunião, arrumar as bebidas, e servi-las.
Dumisane gosta de fazer o que faz: "Tem sido um prazer para mim trabalhar com os facilitadores ajudando os internos a participar dos cursos. Isso tem me ajudado a ser competente ao lidar com as diferentes personalidades dos presos".
Benjamin tem ajudado no PEP há muitos anos. "Trabalhar com nossos facilitadores nos deu a habilidade de nos comunicar com os nossos companheiros de prisão, o que era algo que não se podia fazer antes", diz ele. "Por causa do que eles nos ensinaram, nós expandimos o número de presos que passam por este curso."
Mark acredita que as aulas do PEP poderão ter um efeito de longo alcance sobre a vida na prisão. "Há uma nova suavidade e paz nas pessoas que concluem o programa", diz ele. "Isso também afeta aqueles que entram em contato com eles, resultando em um ambiente com menos estresse e agressividade. Estes cursos mudariam radicalmente o ambiente aqui na prisão se a maioria dos detentos pudesse participar."
Talvez seja essa valorização do curso PEP que explica porque, nesse dia especial, tantos presos tenham optado por participar do curso, em vez de assistir às estrelas do futebol.
Últimas notícias: o curso de PEP vai começar no próximo ano, na segunda prisão na África do Sul - Pollsmoor Prisão de Segurança Máxima na Cidade do Cabo.
www.tprf.org
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